quinta-feira, 31 de julho de 2008

Ahhhh... OHhhhh... Ahhhhhhh!!!!

Há!

A Bud é nossa!!!!

  • Por Adriana Mattos
  • NOVA IORQUE, DOMINGO 13, 19 HORAS E 40 MINUTOS. Nesse dia, data e hora, Carlos Brito, 48 anos, o homem que comanda a cervejaria InBev, recebeu por telefone a notícia mais esperada da breve história da empresa. Da sala do escritório de advocacia Sullivan & Cromwell, na Broad Street 125, Brito ouviu o recado dos advogados: a Anheuser Busch, a maior cervejaria do mundo, havia assinado o contrato de venda da empresa para a InBev minutos atrás. Distante quase dois mil quilômetros dali, num dos quatro hangares do Aeroporto Spirit of St Louis, onde fica a sede da maior e mais cultuada cervejaria norte-americana, August Busch IV, o sexto membro da tradicionalíssima família a dirigir o grupo, assinou o tão rejeitado acordo de US$ 52 bilhões. Esse tornou-se, por diversas razões, um marco do mundo corporativo mundial. Ninguém nunca pagou tanto dinheiro, à vista e em cash, por uma companhia não-financeira. Nunca uma empresa brasileira tornou-se líder mundial em tão pouco tempo (foram só oito anos). Nunca um grupo industrial desse peso conseguiu comprar tão velozmente outro que NÃO estava à venda (foram 32 dias). Não houve comemoração, pelo menos do lado da família Busch. Os conselheiros assinaram tudo rapidamente e partiram em silêncio. Exatamente o contrário da celebração comandada por Brito, em Nova York. O brasileiro comemorou a criação da nova empresa Anheuser Busch InBev com um gole de Budweiser geladíssima naquela noite.

  • Ao sair dali, Brito encerrou a sua mais desgastante via-sacra desde que se tornou CEO da InBev, apenas quatro anos atrás. Ele comandou um périplo de reuniões infindáveis. Bateu na porta do Senado dos EUA para convencer os políticos mais radicais de que o império americano estava salvo, esteve em longos e difíceis encontros com diretores da Anheuser Busch e chegou até a enviar uma carta aos moradores de St. Louis para tranquilizá-los sobre o negócio. Os americanos não queriam que um ícone com 156 anos de idade, o “tesouro da América”, fosse parar nas mãos de “executivos brasileiros só focados em custos”. Brito estava seguindo à risca metas de um dos planos mais bem arquitetados por Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, o trio que costurou a fusão Brahma-Antarctica em 2000 e, silenciosamente, planejava a tão venerada liderança mundial. Uma liderança que já foi alvo de piada. Conta-se que, numa das viagens de Telles a St. Louis, numa visita cordial à Anheuser, uma forte boataria havia invadido o mercado. A Brahma seria vendida à Bud. Vaidosos com o rumor infundado, os diretores da Anheuser cutucaram Telles, que bateu de volta. “Nós é que ainda vamos comprar vocês.” A frase veio seguida de risadas abertas. Se quem ri por último, ri melhor, o fato é que agora a InBev gargalha à vontade após arquitetar um plano que precisou de muito sanguefrio para sair do papel. Lemann, Telles e Sicupira venceram nos detalhes. Exatamente porque transformaram detalhes em prioridade.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

MOMMY'S BOYS YEAH!


HÁ!

Bennet!!!




Dia Nacional do Escritor

A escritora Luci Collin, que vai fazer a leitura dos trechos das obras de Valêncio Xavier, Manoel Carlos Karam e Jamil Snege.

Pouca gente sabe, mas hoje (25 de julho) é considerado o Dia Nacional do Escritor. A data foi definida por decreto governamental em 1960, após o sucesso do I Festival do Escritor Brasileiro – evento organizado pela União Brasileira de Escritores, que tinha como presidente João Peregrino Júnior e Jorge Amado, como vice.

E para comemorar a data, a Livrarias Curitiba recebe a escritora Luci Collindoutora em Letras pela Universidade de São Paulo e professora de Literatura e Língua Inglesa da UFPR - para fazer a leitura de trechos das obras de Valêncio Xavier, Manoel Carlos Karam, Jamil Snege e falar sobre a contribuição desses grandes nomes da literatura nacional. O encontro com o público será hoje (25 de julho), a partir das 19h30, na megastore do Shopping Curitiba (rua Brigadeiro Franco, 2300, piso L1, loja 126, Batel, tel. 41-3330-5000 / 3330-5183) e a entrada é franca.


Biografias


Valêncio Xavier nasceu em São Paulo, em 1933. Mora em Curitiba, onde atua como consultor de imagem em cinema, roteirista e diretor de TV. Como cineasta, recebeu o prêmio de “Melhor Filme de Ficção” na IX Jornada Brasileira de Curta-Metragem, por Caro Signore Feline. Um dos nomes mais reconhecidos da literatura experimental brasileira, escreveu grande número de narrativas em jornais e revistas como Nicolau, Revista USP e o caderno Mais! da Folha de S.Paulo. Também publicou obras como “O Minotauro”, “O Mez da Grippe”, “Meu Sétimo Dia”, “Remembranças da Menina de Rua Morta Nua e Outros Livros” e ganhou o prêmio Jabuti de melhor produção editorial em 1999.

Já Manoel Carlos Karam (1947–2007) viveu em Curitiba desde 1966. Escritor, dramaturgo e jornalista, escreveu e dirigiu cerca de 20 peças de teatro na década de 70. A partir dos anos 80 passou a se dedicar aos livros e venceu o prêmio Cruz e Souza de Literatura, em 1995, com a obra Cebola. Em 2004 lançou a primeira edição da obra Sujeito Oculto onde conta o dia-a-dia da profissão e enumera suas dificuldades, alegrias, agruras e manias.Como jornalista, trabalhou na RPC TV, nos jornais O Estado do Paraná, Tribuna do Paraná e na prefeitura de Curitiba. Em seu trabalho ainda persistem crônicas inéditas, que tem previsão de serem publicadas ainda em 2008.
Jamil Snege (1939-2003) nasceu em Curitiba onde passou sua vida toda. Graduou-se em Sociologia e Política pela PUC-PR. Escritor e publicitário, dividia seu tempo entre os livros, sua agência e as crônicas que fazia para o Caderno G, da Gazeta do Povo. Escritor reconhecido pela classe literária publicou, entre outras obras, “O Jardim, A Tempestade” (minicontos, 1989), “Como Eu Se Fiz Por Si Mesmo” (memórias, 1994), “Os Verões da Grande Leitoa Branca” (contos, 2000) e “Como Tornar-se Invisível em Curitiba”.
Serviço: O que: Leitura de trechos das obras de Valêncio Xavier, Manoel Carlos Karam e Jamil Snege, com a presença da escritora Luci Collin - Quando: amanhã (25 de julho, às 19h -Onde: Livrarias Curitiba Megastore do Shopping Curitiba (rua Brigadeiro Franco, 2300, piso L1, loja 126, Batel, tel. 41-3330-5000 / 3330-5183) -Entrada franca

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Let´s Talk About Sex?


O Sexo Como Factor de Génio

O facto de o sexo desempenhar um maior ou menor papel na vida de alguém parece relativamente irrelevante. Algumas das maiores realizações de que temos notícia foram empreendidas por indivíduos cuja vida sexual foi reduzida ou nula. Em contrapartida, sabemos pela biografia de certos artistas - figuras de primeira grandeza - que as suas obras imponentes nunca teriam sido realizadas se eles não tivessem vivido mergulhados em sexo. No caso de alguns poucos, os períodos de criatividade excepcional coincidiram com períodos de extrema licença sexual. Nem a abstinência nem a licença explicam seja o que for.

No campo do sexo como noutros campos, costumamos referir-nos a uma norma - mas a norma indica apenas o que é estatisticamente verdade para a grande massa dos homens e das mulheres. Aquilo que pode ser normal, razoável, salutar, para a grande maioria, não nos fornece um critério de comportamento no caso do indivíduo excepcional. O homem de génio, quer pela sua obra, quer pelo seu exemplo pessoal, parece estar sempre a proclamar a verdade segundo a qual cada um é a sua própria lei, e o caminho para a realização passa pelo reconhecimento e pela compreensão do facto de que todos somos únicos.


Henry Miller, in "O Mundo do Sexo"

terça-feira, 22 de julho de 2008

Feliz dia do Amigo!


Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.


Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.


Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.


Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.


Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.


Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.


Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.


Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.


Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.


Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.


Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.


Já tive crises de riso quando não podia.


Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.


Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.


Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.


Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.


Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.


Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.


Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.


Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade...


Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".


Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.


Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.


Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.


Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.


Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.


Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.


Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!


Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!


Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.


Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!


Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.


Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.


Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:


- E daí? EU ADORO VOAR!




Clarice Lispector




ps: Só para dizer feliz aniversário de namoro, para minha adorável - insana mulher, amo você!

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Silêncio...





Por Caio Fernando Abreu

(Silêncio)


- Quando a noite chegar cedo e a neve cobrir as ruas, ficarei o dia inteiro na cama pensando em dormir com você.

- Quando estiver muito quente, me dará uma moleza de balançar devagarinho na rede pensando em dormir com você.

- Vou te escrever carta e não te mandar.

- Vou tentar recompor teu rosto sem conseguir.

- Vou ver Júpiter e me lembrar de você.

- Vou ver Saturno e me lembrar de você.(...)

- O tempo não existe.

- O tempo existe, sim, e devora.

(...)

- Quando eu olhar a noite enorme do Equador, pensarei se tudo isso foi um encontro ou uma despedida.

- E que uma palavra ou um gesto, seu ou meu, seria suficiente para modificar nossos roteiros.

(Silêncio)

- Mas não seria natural.

- Natural é as pessoas se encontrarem e se perderem.

- Natural é encontrar. Natural é perder.

- Linhas paralelas se encontram no infinito.

- O infinito não acaba. O infinito é nunca.

- Ou sempre.

(Silêncio)

- Tudo isso é muito abstrato. Está tocando "Kiss, kiss, kiss". Por que você não me convida para dormirmos juntos.

- Você quer dormir comigo?

- Não.

- Porque não é preciso?

- Porque não é preciso.

(Silêncio)

- Me beija.

- Te beijo.



...

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Sawabona - Shikoba



Médico Psicanalista


Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o inicio deste milênio.
As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor.

O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.
A idéia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer neste início de século.


O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos.


Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher.
Ela abandona suas características, para se amalgamar ao projeto masculino.


A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: o outro tem de saber fazer o que eu não sei. Se sou manso, ele deve ser agressivo, e assim por diante.
Uma idéia prática de sobrevivência, e pouco romântica, por sinal.


A palavra de ordem deste século é parceria. Estamos trocando o amor de necessidade, pelo amor de desejo.
Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.


Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas, e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas.


Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras.
O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fração.
Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma.
É apenas um companheiro de viagem.


O homem é um animal que vai mudando o mundo, e depois tem de ir se reciclando, para se adaptar ao mundo que fabricou.


Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo.
O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro,
seja ela financeira ou moral.


A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado.
Visa a aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades.


E ela só é possível para aqueles que conseguem trabalhar sua individualidade.
Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva.


A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa. As boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem.
Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado.


Cada cérebro é único. Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém. Muitas vezes, pensamos que o outro é nossa alma gêmea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto.
Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal.


Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não a partir do outro.


Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.


O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável. Nesse tipo de ligação, há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado.


Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo...


Caso tenha ficado curioso(a) em saber o significado de SAWABONA, é um cumprimento usado no sul da África quer dizer: “Eu Te respeito, eu te Valorizo, você é importante pra mim”.


Em resposta as pessoas dizem SHIKOBA que é: “Então eu existo pra você”.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Convite ao Estúpido


A casca de um estúpido é a mesma que reveste o grosseiro, o indelicado, o insultuoso, o intratável, o malcriado, o mal-educado, o ríspido, o rude, o tolo, o idiota, o imbecil e o parvo. Os estúpidos de casca grossa são tantos e tão influentes, atualmente, que formam uma associação internacional: o Clube dos Estúpidos.


Para entrar de sócio na congregação dos parvos, a fila de inscrição cada vez aumenta mais. “Indicado” para participar do quadro associativo do Clube dos Estúpidos, o escritor Rubem Fonseca publicou o convite no seu livro de crônicas O Romance morreu.



*****


José


O senhor provavelmente jamais ouviu falar de nossa associação, o Clube dos Estúpidos. Sou Secretário de Divulgação e Relações Públicas do clube.


O nosso lema é a frase do grande poeta alemão Friedrich Schiller: Contra a estupidez humana até os Deuses lutam em vão. A criação do Clube dos Estúpidos, no Brasil, segue os modelos dos clubes dos estúpidos de outros países. A estupidez tem como características principais a sofisticação e a ubiqüidade, além de ser, para o indivíduo, um forte fator motivacional. É infundada a acusação comumente feita aos estúpidos de serem privados de inteligência e discernimento. Os neurofisiologistas sabem muito pouco sobre o funcionamento da mente humana. Se inteligência é, como dizem, a capacidade de resolver situações problemáticas novas mediante reestruturação dos dados preceptivos, os ratos de laboratório não fazem outra coisa senão demonstrar tal aptidão. E essa disposição para compreender e adaptar-se facilmente é, na verdade, uma forma de conformismo. Nós, os estúpidos, não aceitamos as regras e valores convencionais impostos pela sociedade, por isso dizem que nos faltam sensatez e critério.


“A Teoria da Estupidez”, do alemão Hans Von Eitel, está certa quando afirma que estupidez não é a mesma coisa que falta de inteligência, e que, não obstante seja uma característica humana essencial, não se sabe o que a estupidez é, exatamente. Quando um ser humano nasce, Deus lhe concede, como suprema graça, a capacidade de ser estúpido. Aquele que exerce esse dom é sempre feliz.


As atividades do clube, assim como a identidade dos associados são mantidas em segredo. Os associados fazem o juramento solene de não revelar o nome dos outros membros, para não expô-los ao escárnio, à inveja e ao mau-olhado. Temos sede própria, mas mantemos o nosso endereço e o local de nossas reuniões em segredo. Assim como ocorria antigamente na maçonaria, quando poucos sabiam que o Imperador d. Pedro I dela fazia parte, o Clube dos Estúpidos tem vários sócios importantes, destacadas figuras dos setores político, econômico, social, educacional, acadêmico e cultural do país, cuja filiação associativa é desconhecida do público.


São aceitos sócios de todo o estado do Brasil, desde que comprovem, com palavras e atos, possuir condições para ser admitidos. O clube se reúne uma vez por mês, quando são debatidas as maneiras de se alcançar a condição reconhecida como “estupidez plena”. Os candidatos, com exceções especiais, como no seu caso, para serem aceitos como sócios são submetidos a uma entrevista prévia, na qual devem relatar, devidamente confirmada por testemunha idônea, uma ação pessoal taxada de estúpida por terceiros. O atual presidente do Clube, professor de uma importante universidade paulista, entre outras estupidezes cometidas, passou um mês de férias no Rio, na praia de Ramos, pensando que estava em Copacabana, além de ter levado para fazer cocô na praça um cachorro e um gato, juntos numa única guia com duas coleiras, inventada por ele com objetivo de educar esses animais fazendo cessar a hostilidade existente entre eles, mas que, lamentavelmente, causou a morte do gato.


O seu nome, prezado José, foi indicado por um dos seus membros do nosso quadro associativo. O Comitê de Seleção, depois de analisar o seu curriculum vitae e constatar suas qualificações, pediu-me que lhe escrevesse dizendo da nossa honra em ter o amigo como membro do nosso Clube. Estamos aguardando sua visita.



Dante Mendonça (15/7/2008) O Estado do Paraná.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Bom gosto pelas coisas apaixonantes e eternas!


The Beatles
The Beatles
The Beatles
The Beatles
The Beatles
The Beatles
The Beatles
The Beatles
The Beatles
The Beatles
com eco psicodélico!

terça-feira, 8 de julho de 2008

Maluca mulher!



Mulher maluca


É pleonasmo


Eu, sou homem


Se falo


Não penso


Se penso


Não falo


Se como


Não dou


Se dou


Não como


Mulher, não


Pensa falando


Fala pensando


Come dando


Dá comendo...


Mulher maluca


É p l e o n a s m o !!

POSSO FALAR COM VOCÊ?


Não só com palavras

mas também com o silêncio

sorrisos

lágrimas

olhares

toques

e o tempo...

The Winehouse... Ouiés!

AA adega

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Desculpas a la Jobim com Cazuza‏

Ao tomar de forma brusca e ingênua o mouse do computador da mão dela para mostrar a pasta nova de músicas que havia recém-chegado para Ele. Ela fala tão fatalmente como uma bala perdida que encontra um corpo em movimento:
-Porra, eu sei aonde devo ir para ver as novas músicas, não preciso de sua ajuda e muito menos de suas prolixas explicações.
Ao se desenrolar uma das piores situações da vida. Ele se depara com uma situação única de múltiplos desejos e vontades, desejo de esquecer toda a classe e soltar a mão de forma rápida e simples para impor respeito perante ao outro e a vontade de querer sumir neste instante. Tenta segurar-se para não mostrar sua tristeza e raiva mas torna-se impossível.
Ele rispidamente levanta da cama que estava sentado e diz:
-Vamos logo embora, senão chegarás tarde no trabalho e eu também, já quero ir embora.
Ela prontamente se levantou da cadeira posicionada na frente do computador, pegou sua bolsa, colocou o salto e o retoque final da maquiagem e disse:
-Vamos?
E os dois se olharam por um breve segundo mas desviaram-se por entre suas raivas e mágoas do momento.
Entram no carro em silencio. Ele dá a ré, engata a primeira e sai rumo do trabalho de ambos. Ao fazer a primeira curva de forma tranqüila e leve, aproximadamente 45 km/h. Ele tenta manter-se tranqüilo, calmo e leve. Mas a cena do grito ecoava ainda na cabeça dele, e ele dirigindo não queria pensar nisso no exato momento, mas era impossível esquecer algo tão forte que acabara de ter acontecido. Ela ao lado começa remoer todos os acontecimentos que a levaram a ter o súbito momento do grito inconseqüente, e fala para Ele.
-vamos fazer as pazes.
-Quero pedir desculpas
E ele em tom irônico finge que não ouve e emiti um som de dúvida ou de quem não ouvi e está pedindo para repetir:
-Ãhn?
-Quero pedir desculpas.
E ele fala de tom irônico:
-Se desculpar pelo o que?
E ela fala sem entender o porque do tom irônico dele, fala:
-Me desculpa por tudo que falei, por ter sido escrota com você, fui grosseira demais e acho que me exaltei um pouco. Mesmo sabendo que te dou um milhão e quinhentos e quarenta e sete (,99) motivos para ficares "de banda" - ou no simples vocabulário tucujú "amuado" ou "jururu" - comigo . Prometo te dar muitos beijinhos para recompensar minhas mancadas. Minha declaração de amor é uma mistura de Tom Jobim com Cazuza. Curtiu? Háháhá
Ele querendo fazer pouco caso, exclama de forma tão fatal como a bala perdida:
-Aceito suas desculpas como prerrogativa sólida de um possível lapso de consciência. Mas saiba que toda ferida feita, deixa suas cicatrizes como o famoso LaMarca para que sempre lembre por onde não pecar, para que isso se repita.
-Cicatrizes que vou ganhando ao longo da relação para com o mundo, permeiam por minutos, horas, dias e até séculos para serem esquecidas. Se alguma hora irei esquecer essas marcas? Não sei, nem quero saber. Quero simplesmente esquecê-las, mas não posso ser tão fácil assim, pois quero que lembre sempre o quanto é erroneamente chato machucar o próximo.
Te amo também.

O ucraniano æveÿ Kÿé Heÿnn disse:

Riders on the storm – The doors me embala nesta manhã blasé com a ajuda de um fone de ouvido do tipo estéreo "enormemente" grande, enquanto abro as feridas e faço proveito do momento para mexe-las e abri-las um pouco mais, na tentativa de inflamar provocar hemorragias intensas, capaz de me arrumar uma frebe que me deixe na cama sedado da alegria e felicidade.
Mera conseqüência do acaso de intuitos, desígnios ou fenecimentos inconseqüentes mal-vindos externamente em existência.
Passa-se as horas e nada quero fazer, pensar ou refletir, apenas retrucar já me basta, e é necessário que se faça.
Coitado de quem estiver por perto.
A tempestade ainda nem começou e já está tudo alagado.


Vou citar.



O artista é o criador de coisas belas.Revelar a arte e ocultar o artista é a finalidade da arte.

O crítico é aquele que pode traduzir, de um modo diferente ou por um novo processo, a sua impressão das coisas belas.

A mais elevada, como a mais baixa, das formas de crítica é uma espécie de autobiografia.

Os que encontram significações feias em coisas belas são corruptos sem ser encantadores.

Isto é um defeito.

Os que encontram belas significações em coisas belas são cultos.

Para estes há esperança.

Existem os eleitos, para os quais as coisas belas significam unicamente Beleza.

Um livro não é, de modo algum, moral ou imoral.

Os livros são bem ou mal escritos.

Eis tudo.

A aversão do século XIX ao Realismo é a cólera de Calibã por ver seu rosto num espelho.

A aversão do século XIX ao Romantismo é a cólera de Calibã por não ver o seu próprio rosto no espelho.

A vida moral do homem faz parte do tema para o artista, mas a moralidade da arte consiste no uso perfeito de um meio imperfeito.

O artista nada deseja provar.

Até as coisas verdadeiras podem ser provadas.

Nenhum artista tem simpatias éticas.

A simpatia ética num artista constitui um maneirismo de estilo imperdoável.

O artista jamais é mórbido.

O artista tudo pode exprimir.

Pensamentos e linguagem são para o artista instrumentos de uma arte.

Vício e virtude são para o artista materiais para uma arte.

Do ponto de vista da forma, o modelo de todas as artes é o do músico.

Do ponto de vista do sentimento, é a profissão do ator.

Toda arte é, ao mesmo tempo, superfície e símbolo.

Os que buscam sob a superfície fazem-no por seu próprio risco.

Os que procuram decifrar o símbolo correm também seu próprio risco.

Na realidade, a arte reflete o espectador e não a vida.

A divergência de opiniões sobre uma obra de arte indica que a obra é nova, complexa e vital.

Quando os críticos divergem, o artista está de acordo consigo mesmo.

Podemos perdoar a um homem por haver feito uma coisa útil, contanto que não a admire.

A única desculpa de haver feito uma coisa inútil é admirá-la intensamente.

Toda arte é completamente inútil.

O Retrato de Dorian Gray – Oscar Wilde, escrito em 1891. Arrasou, bi. Há

há!

Benett - Gazeta do Povo.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

O remo irá fazer uma partida aqui nos emirados do Marc0 zer0..... e olha oque me enviaram! Há!

E-mail
..............................
Caixa de entrada
..............................
E-mail

De: Altiere Lima - 1/7/2008

Assunto: Coisa de Moooooona! kkkkk‏

Tamanho: 44 KB

Texto: Desculpem-me mas q é engrçado é!!!
hahahahahaha

..............................


Resposta:
Amigo, você não precisa se desculpar...
Remo é Coisa de Moooooona!


PAPÃO PORRA!

HÁ!

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Eu, eu mesmo nos merengues

“Zwei Seelen wohnen, ach! In meiner Brust, Die eine will sich vin der andern trennen (Duas almas habitam, ai, no meu peito, uma quer separar-se da outra).”“ Goethe.

“- Eu quero evoluir nesta vida. Preciso que meu caminho esteja livre de barreiras, para que eu possa voar sem peso nenhum”.

Ao acordar pela manhã, deparo-me com uma súbita vontade de levantar da cama para fumar um cigarro na varanda para pensar no que haveria de fazer em uma segunda-feira. Ao colocar os pés sobre o gelado do azulejo, tremo pela falta de compaixão de um chão que está frio a ponto de me congelar.

Não penso em nada, apenas vou ao encontro do local aonde sempre escondo o maço e o isqueiro. Reviro a gaveta e vejo novas lembranças que ando guardando a nove meses desde que o aniversário do ano passado me trouxe a inesperada surpresa de chegar, na antiga casa como se nada tivesse acontecido.

Abri a porta e assustei-me ao deparar com um vazio enorme. Mesa, louça, televisão, que zura, tudo, mas tudo por um mero acaso do esquecimento, pois não havia lembrado que no sábado de manhã seria a mudança para a nova casa da qual só tenho boas lembranças.

Ao colocar o cigarro entre os lábios, seguro o isqueiro na mão direita e fecho a gaveta com a mão esquerda, olho para trás e vejo eu mesmo perto da televisão, ligando e desligando a luz do abajur com a face assustada, os olhos tristes e um teor grosseiro de criança mimada. Vendo-o à desligar do abajur repetidamente, falo para ele:

-Qual é?

-Pare com isso, irás acabar queimando a lâmpada. Terás que comprar uma nova e colocá-la, sem precisar desgastar meu precioso bolso e tempo de vida.

-Pare com isso. Está chato já.

Ele pára, mas não esconde o medo e os olhos inchados, fruto de um lacrimejar derradeiro. Olho-o nos olhos e digo:

-Venha aqui fora comigo fumar um cigarro, tenho umas verdades para com você e gostaria muito de que me remetesses o que pensas sobre o que penso. Não quero que fique escorado aí para o lado e acabe caindo no esquecimento, venha aqui comigo, vem.

Estendo a mão para ele e o levanto sem força alguma, pois o sono era horrível, mas um mero esboço de seu sorriso se abre e entre segundos o vi olhando para meus olhos com um ar de culpado. Abro a porta e espero ele passar primeiro. Sento no piso gélido da varanda e ele faz o mesmo.

Acendo o isqueiro colocando a brasa no cigarro e dou uma tragada bem fraca com certo tom de prazer e desgosto por não conseguir livrar-me de tal vício. Olho para ele e o vejo fitar o horizonte com um teor internalizado e em seguida exclamo:

- Há muito tempo que passamos pelos pesares juntos e todas as vezes renascemos, nos tornarmos fortes e sentimos a esperança diante dos olhos, sempre a melhorar. Prometemos infinitas coisas que ambos desejamos no intuito de prezar nossa evolução. Fico muito feliz com tudo que vivemos e pensamos. Mas queria que você soubesse que não estou feliz por estares ao meu lado sempre fazendo represália a tudo que não vai ao seu encontro.

E Ele de repente sobe a voz em um tom alto, indignado:

- Não é assim - ele disse.

Dou uma tragada forte e tão rápido quanto fatal e rispidamente, digo a Ele:

- Cale a boca, ainda não terminei de falar. Você precisa aprender a ouvir um pouco mais, sabia? É verdade o que digo, sim. Você só precisa enxergar isto e aceitar.

Ele fica quieto e pede um trago. Quando passo o cigarro, percebo que sua mão está trêmula. Ele traga forte.

- Juntos formamos uma ambivalência terrivelmente assustadora, a ponto de alcançarmos extremos e ainda sermos rotulados de falsos ou hipócritas. Não aceito mais errar por querer.

Peço de volta a Ele o cigarro. Ele o devolve e eu dou uma tragada forte, seguro a fumaça um pouco mais e a solto bem devagar. E continuo:

- Quero que você ouça tudo o que tenho a dizer e espero não ouvir nenhuma exclamação ou corroboração no que lhe digo.

-Tenho muitas coisas engasgadas aqui dentro de mim. É dor, humilhação, criancices, “patetices”, crises de abandono e existenciais. Choros incontroláveis, inconseqüências memoráveis e tudo isso porque sempre deixei espaço para expressares o que sentias. Não quero mais viver assim. Já me basta ter que ouvir e ver tudo, sempre a dar meu ar de compreensão e respeito. Mas sinto que não posso firmar minha palavra, como um juramento, promessa ou qualquer coisa que faça a gente se sentir firme e forte para manter sempre uma postura. Nada disso para mim é suportável neste exato presente e quero que seja assim no futuro também.

Mas uma tragada forte, soltando a fumaça um pouco mais rápido e volto a falar:

- Você me desanda, me contradiz, faz com que eu tropece, me sinta fraco, oprimido, chorão, desgastado, infeliz, pesado com tantas armas. Eu não sou mais assim. Sinto que evolui bastante e continuaste a lembrar das dores que um dia sentiu, sempre a justificar que esse é o único meio de mantermos a salvo de possíveis dores de um futuro que a Deus pertence e que eu jamais conhecerei, pois aprendi que o meu futuro eu o faço desde agora, plantando alegria e felicidade desde agora.

- E por quê?

- Só por que você já passou pelas piores e terríveis situações na vida? Só por que você jamais teve sorte em um relacionamento a dois? Ou porque você já foi aliciado sexualmente quando criança? Ou será porque todas as pessoas em que você acreditou ingenuamente só te deram “caneladas e mais caneladas”. Ou será ainda deve ser porque você tem uma mãe que sempre só soube lhe oprimir e você, como o maior afetado do mundo, se sentia mal e eu o empurrava com barriga dizendo “Bola pra frente que na próxima o gol é nosso”.

- Ou porquê todas as vezes em que alguém se aproximava, você vinha à tona tomando meu lugar, fazendo com que eu desse espaço para dizeres o que sentia? E no final você sempre só me cagava o pau.

- E daí?

Dou uma tragada firme e solto com rapidez, com os olhos fitados nele, e digo:

- Eu também passei, mas nem por isso fico a lembrar dessas dores como a letra escarlate no meu peito sempre a mostrar meus medos, crises de ansiedade e dúvidas para todos e principalmente para quem gostamos, para que eles sintam pena e venham a nos acolher.

- Eu sinto que sozinho eu posso dar conta de mim.

Mais uma tragada e percebo que o cigarro está quase acabando, mais três tragos e acaba, eu penso.

- Não vejo perspectiva nenhuma em estares ao meu lado, senão quiseres trabalhar comigo, em conjunto, como ying-yang ou duas forças que se unem. Ao Invés de ver essa sinergia de pensamento, vejo uma crise, uma batalha feroz entre dois pólos da qual um anula o outro sem perceber e isso para mim não é viver de forma equilibrada.

Mais uma tragada fraca e sinto o quente da brasa que consome o tabaco, e só resta mais dois tragos. Neste momento, não desejo falar mais nada, não quero pensar em nada. Levanto-me do chão que já não se encontra tão frio e Ele se levanta também para ir ao quarto. Já está na hora de ir trabalhar e o dia, com certeza, será longo. Ele abre a porta e faz a gentileza de abrir caminho para que eu passe. Porém paro na entrada e viro para trás.

- É isso que eu gostaria de falar para você, sabia?

Dou um trago bem fraco e solto a fumaça bem leve, para dizer a Ele:

- Não quero que fique magoado por eu falar tantas verdades, mas precisas entender que tantas verdades assim, jogadas em ti, devem funcionar com impulso para o primeiro passo do que pode ser todo o resto, para entendas que sozinho eu consigo me virar. O Segredo para tudo é ter paciência e viver um dia de cada vez, sempre procurando compreender o que se passa. Sem colocar os medos e ansiedades em primeiro plano.

Meus olhos fixos nos olhos dele e continuo a ver uma penumbra de sofrimento, arrependimento e desgosto.

Dou mais uma tragada, desta vez forte e com uma raiva tamanha, grito:

- Eu quero evoluir nesta vida. Preciso que meu caminho esteja livre de barreiras, para que eu possa voar sem peso nenhum.

Levo a sola do meu pé até o peito dele com tanta rapidez, força e ódio que o chute frontal o faz voar sem emitir grunhido ou grito algum. Um chute no meio do peito sem dó nem piedade, sem justiça para qualificar nos autos que tipo de crime que acabara de ser cometido.

Ao ver a paisagem linda, com um brilho de luz sobre minha varanda vindo diretamente a mim, abro os braços com uma leveza que seria capaz de acreditar que é possível voar, só com minha vontade. Olho para baixo e vejo seu corpo espatifado, a cinco metros adiante e esboço um sorriso. Jamais havia dado um chute tão forte em alguém, ou melhor, em mim mesmo, tão fatal assim.

Dou a ultima tragada e jogo o cigarro no morto. Caminho em direção a porta do quarto, paro, olho para trás movendo a queixo até o ombro e solto um pequeno cuspe com o pigarro do maldito tabaco. Olho para frente e entro no quarto para me arrumar.

- Bom dia, vida! – digo a mim mesmo.