domingo, 15 de junho de 2008

Eu não sei escrever!!!

Dizem que...

O que define um homem é a sua retórica!

A forma de como, quando e onde se expressar com maior poder!

Retórica com uma gramática respeitável na qual você consiga transmitir de forma carreta o fato no presente escrito.

Retórica esta, que muitas das vezes, autores sem o menor conhecimento abrilhantaram o mundo com suas severas e sinceras verdades.

Verdades sem pudor, de fato doera, pois é sincera. Palavras pesadas sobrepujadas no ímpeto de martelar por dentro e fazer-se a sacudir o que se chama por Consciência.

Só apenas sei o que nada sei, já dissera um velho feio e barbudo, complementando meu pensar.

E ao ouvir a contundente martelada de um caro amigo verdadeiro, percebendo esta falta de uma retórica que se preze em minhas palavras.

Algo que soou pesado, como uma pedra de chumbo que é lançada ao lago, sem muita água para mexer e rápido para chegar ao fundo e ser esquecida.

Mas no balançar das águas percebi realmente que nada sei sobre o que seja realmente escrever.

Visando esta falta de conhecimento e pé-castricidade de minha mente, determino por hoje em diante, aprender até o fim de minha fálica existência, no ímpeto de poder mostrar algo a todos que possa ter algum valor de conhecimento.

Durante toda a minha vida sempre achara sacal acordar pela manhã, assistir aula, ver pessoas desagradáveis e ter que estudar de fato, pois senão repete-se de ano e todos ficariam a zoar com minha pessoa.

Jamais ganhei prêmio algum, sobre qualquer trabalho que fazia, principalmente nas feiras de ciência, mesmo por quê, sempre gostara de fazer as coisas pela metade e saia uma merda tudo o que eu tentara fazer. Algo na qual, muito tempo depois, tomou-se a consciência do que passara, pois me indagava constantemente sobre o porque de minhas coisas sempre saírem uma merda. Senão se faz com vontade, de praxe que saia uma merda.

Pior coisa que existe é chorar pelo leite derramado, foda-se agora. Quero fazer diferente.

Quero realmente escrever. Colocar tudo o que quero para fora, vontade que se faz no presente momento, pois machuca demais saber as verdades sobre suas limitações. Limitações estas, que precisam ser superadas e esquecidas, fazendo um teor brutal de efeito inverso proporcional.

Peço a ajuda, mendigo, pedinte de forma triste, na tentativa de pedir a todos que me ensinem a escrever, pois é tudo que sei fazer e é tudo o que quero para minha vida.

Senti pouquissimas vezes tal veemência sobre algo que realmente quero para toda a minha latente vida fixada, e essa é uma delas. Não minto o fato que me entristece demais saber que irei ralar pra caralho na tentativa feliz de querer aprender a escrever como os melhores escrevem.

Não consigo pensar em outra coisa ultimamente, é a minha única meta na mente.

Como uma viseira de burro, fazendo-nos focar o ponto de horizonte destinado.

Meu coração tem suas vontades e desejos, tendo satisfação total e libido extra, por estar com uma mulher maravilhosa, e que me completa de tal forma, que as vezes esqueço minhas limitações. Penso nela sempre com felicidade e principalmente com coração e muita das vezes com um teor forte e filho da puta de razão.

Hoje é um dia e tanto para min, pois na noite retrasada, vivi o meu primeiro Dia dos Namorados. Algo sublime para mim, com um pacto selado que não trocaríamos presentes pela atual conjuntura econômica de minha parte. Algo que realmente me faz pensar muito, pois daria o mundo a se ela possível. (snif)

Sei que para dar este mundo a ela, preciso aprender, abstrair e absorver o máximo de conhecimento possível para fazer dinheiro com aquilo que realmente gosto.

É pura hipocrisia dizer que dinheiro não traz felicidade.

No atual século, você abrir a boca para dizer tal asneira? É assinar atestado de loucura, pois para se ler um bom livro, você precisa de dinheiro, para levar a namorada em um bom jantar e uma noite bem caliente, você precisa de dinheiro, para comprar a água, refrigerante, doces e cigarros para satisfazer os gostos de minha mulher, tem que ter dinheiro. Tudo precisa de dinheiro, e existem milhões de idéias em minha cabeça que gostaria de fazer, e preciso de dinheiro. Dinheiro que quero ganhar orgulhosamente sem precisar pisar na cabeça de ninguém, ganhar limpo, pelo meu mérito e honroso trabalho.

Peço a ajuda, mendigo, viro um triste pedinchão se possível, na tentativa de pedir a todos que me ensinem a escrever como os bons escritores da condição demasiada humana, pois é o que quero e isso é tudo para minha vida.

Ajude-me, eu não sei escrever!

*Pé-castricidade ou pé-castro (Designação a pessoa que é norteada pela ausência de conhecimento; pejorativo como o homem de idéias estreitas, comuns e desprovidas de elevação).


Foto de Artur Porto ( www.flickr.com/photos/arthurporto )

Um comentário:

Unknown disse...

Que mané felicidade! A felicidade não passa de um mero conceito. Um conceito vazio que não se refere a nenhum dado na experiência externa (através sentidos) e tanto menos a alguma experiência interna (sentimentos, etc.), pois só a alegria pode ser considerada um sentimento. Aristóteles que não ouça isso! heheh. Então queres ser escritor? Isso me agrada... tens uma "long and winding road" pela frente. Abraço forte e boa sorte!